Marcelo Uchôa se despede do capítulo 17 de “O Livro dos Médiuns“, sobre a formação e o desenvolvimento da mediunidade. Para essa parte final, Allan Kardec reservou perguntas à espiritualidade. E tratou de um tema central: a suspensão das faculdades mediúnicas.
Marcelo salienta que, no que diz respeito à mediunidade, o emprego do verbo perder não é o mais adequado. Isso porque não se trata de uma posse exterior. Há, portanto, um fato interessante. A capacidade de intercâmbio ostensivo com desencarnados não é uma condição permanente no indivíduo. Pode apagar-se temporária ou permanentemente. Mas por quais motivos?
A razão desse bloqueio é sobretudo pedagógica. Visa-se relembrar que a aptidão mediúnica constitui concessão de Deus. E representa uma oportunidade de progresso do próprio medianeiro.
Assim, uma motivação para essa interrupção seria propiciar ao médium a oportunidade de meditar e apreender os desdobramentos morais da própria atuação. Há ainda o caso em que o intermediário necessita de um tempo para se restabelecer fisicamente.
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