A série dedicada a “O Livro dos Espíritos” avança na Introdução. E Allan Kardec segue respondendo questionamentos à Doutrina. Especificamente, ele se debruça sobre os desafios de verificação de identidade.
No tópico anterior, o codificador apresentou métodos de análise de linguagem, trabalhando forma e conteúdo. Neste, trata de uma questão pontual. Como lidar com divergências entre desencarnados sobre determinado assunto?
Evidentemente, em boa parte dessas situações, os critérios já estudados bastam. Elevação intelectual e moral e coerência – inclusive com a evolução do conhecimento humano – constituem filtros úteis para distinguir bons Espíritos dos ignorantes ou zombeteiros. Mas o que fazer diante das discordâncias de duas entidades supostamente elevadas?
Nesse caso, Kardec ressalva quanto são comuns duas circunstâncias. Em uma, sábios podem, sim, divergir sobre determinado ponto de debate. Marcelo Uchôa cita alguns casos na ciência e na filosofia em que ambos estavam corretos em boa medida. Na outra situação, as duas entidades podem dizer o mesmo em essência, mas se utilizando de argumentos diferentes.
O professor de Lyon volta afirmar a necessidade da educação perseverante para lidar com dificuldades como essa. “Ninguém, pois, se iluda: o estudo do Espiritismo é imenso”.
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