“Para se designarem coisas novas são necessários termos novos”. Assim Allan Kardec abre a Introdução de “O Livro dos Espíritos“. Com a afirmativa ele justificou a criação do vocábulo Espiritismo.
A Doutrina trouxe conceitos inéditos que, em muitos casos, diziam respeito a temas ancestrais. E, para não adotar designações antigas e já carregadas de sentidos que não convergiam com a abordagem espírita, o codificador se utilizou de alguns neologismos. Um deles é perispírito, tema deste episódio.
Da infância à juventude, Denizard Rivail estudou com Johann Pestalozzi no educandário de Yverdon, na Suíça. Lá, além da formação básica, recebeu noções complementares em outras áreas, como a botânica. Teria vindo daí a inspiração para o termo criado décadas depois.
Kardec pergunta se os Espíritos têm alguma espécie de cobertura. Os benfeitores confirmam e falam de uma substância vaporosa e semimaterial. E o codificador se apropriou da denominação da membrana que reveste algumas sementes, como a do pêssego, o perisperma.
Esse trecho do capítulo “Dos Espíritos” traz o conceito. Marcelo Uchôa lê as respostas e comenta, munido de noções da filosofia clássica e pré-socrática. Qual a relação do Espírito com o perispírito? Do que ele é feito e de onde provêm seus elementos?
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