Por que duas pessoas até então desconhecidas despertam afeição mútua repentinamente? Ou, ao contrário, parecem se detestar sem razão, pois acabaram de ter o primeiro contato?
Esse tipo de questionamento, resultado de uma curiosidade natural, foi trabalhado por Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos“. “Simpatia e antipatia terrenas” é o penúltimo tópico do capítulo “Da Volta do Espírito à vida corporal”.
Em seus comentários, Marcelo Uchôa destaca o adjetivo no título. O codificador não investigou as conexões espirituais. Mas buscou compreender as manifestações de repulsa e atração entre encarnados. Será que essas situações derivam invariavelmente de relações do passado entre as duas almas.
Os benfeitores respondem que nem sempre. Na verdade, o que há nesse tipo de sensação repentina é a ação do magnetismo espiritual. “Entre os seres pensantes, há ligações que ainda não conheceis.”
Marcelo ilustra o trecho com exemplos de nosso tempo. E destaca um ponto relevante. Os Espíritos afirmam que não são necessariamente maus aqueles que nutrem antipatia. Contudo, o mau tende a repelir o outro que expuser esse caráter. Já o bom irá controlar essa emoção.
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