O medo do contato com os Espíritos parece algo entranhado na cultura ocidental. Talvez a raiz esteja no livro do Êxodo. Nele, Moisés proíbe a prática da forma como ocorria. No entanto, o Novo Testamento – e mesmo o Antigo – relata diversas experiências mediúnicas.
Mas o que justifica esse temor? Conversar com os “mortos”, em razão de suas peculiaridades, tende a impactar os encarnados. Eis a fonte do receio. Como reagirei ao intercâmbio? Ele pode me fazer mais mal do que bem?
Esse é o foco deste episódio da série apresentada por Marcelo Uchôa. O visitante cético, alinhado a tal raciocínio temeroso, faz insinuações. Entre elas, questiona a Allan Kardec se conversar com Espíritos não poderia levar à loucura e até ao suicídio. Por essa lógica, ser espírita constituiria um caminho de perdição.
O codificador lembra ao interlocutor que a fonte dos distúrbios psiquiátricos são as predisposições orgânicas. Logo, o intercâmbio com os desencarnados poderia tornar-se um gatilho para a loucura. Desde que revele informações graves. Mas, de toda forma, essa causa não se diferencia em nada de outras possíveis, como qualquer trauma, perda, frustração etc. Todo risco reside nas tendências individuais.
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