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#024 – ESTUDANDO ÊXODO

O episódio passado do estudo de Êxodo à luz do Espiritismo iniciou a análise do sétimo mandamento. “Não cometerás adultério“, diz o texto. Haroldo Dutra Dias já havia ampliado a interpretação da norma. Ela vai além do sentido estrito da fidelidade conjugal.

Aqui, como tinha adiantado, ele parte do trecho para explorar uma das mais recorrentes metáforas das escrituras. Trata-se do matrimônio, das bodas, tema de passagens e parábolas do Antigo e do Novo Testamentos. A imagem do casamento representa a culminância da relação das criaturas com Deus, em estado de comunhão.

Haroldo oferece a chave interpretativa central para esse caso. É baal, termo do ramo hebraico/aramaico que tem sentido amplo. Pode ser senhor, marido ou deidade. No caso do adultério nas tábuas de Moisés, qual desses pode ser tomado como a parte traída? Um cônjuge? Ou o Criador?

Está aí o sentido mais profundo do mandamento. Então, com destreza, Haroldo alinha livros bíblicos diferentes. Recorda a aliança com Noé e Abraão, em Gênesis, passa pela grande metáfora do Cântico dos Cânticos e conta a história do profeta Oséias. O ápice se dá com Jesus, o Messias, que, por desígnio do Pai, atua pela reconciliação com a “noiva” perdida. Isso ocorre no sublime diálogo com a mulher samaritana, no Evangelho de João.

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