Da década de 1960 para cá, o gênero de terror se firmou como um dos mais populares do cinema. Mas, antes, eram raras as produções que se dedicavam a narrar histórias “sobrenaturais”. “O Solar das Almas Perdidas”, de 1944, é um exemplo.
Talvez em função da data, o filme se funde a outros estilos, como suspense, policial e até romance. Mas trata o assunto espiritual com uma seriedade e uma factibilidade que parecem ter se perdido nas décadas mais recentes.
Há diversos pontos de contato entre a narrativa e o Espiritismo. Por essa razão, a Versátil Vídeo Spirite, distribuidora do longa, gravou um depoimento de Gustavo Goulart Ribeiro. Na parte final do vídeo, o expositor detalha os fenômenos apresentados na obra pela perspectiva espírita.
“O Solar das Almas Perdidas” tem direção de Lewis Allen. Seu título original é “Uninvited“, em tradução livre, “não-convidados”. Os irmãos Rick e Pamela Fitzgerald – interpretados por Ray Milland e Ruth Hussey – estão de férias no litoral inglês, na região da Cornuália. Eles se deparam com um casarão desabitado e, de impulso, decidem comprá-lo.
Acontece que lendas sobre aparição de Espíritos se ligam ao imóvel. Uma linda mulher havia morrido ao cair do penhasco, bem diante do solar. Os irmãos se mudam e, de fato, começam a perceber as presenças. Enquanto buscam desvendar o que de fato aconteceu, Rick acaba se envolvendo com Stella. Trata-se da jovem filha da vítima, que demonstra ter vários tipos de mediunidade.
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