Marcelo Alves teve o privilégio de assistir a um show de camarote. Ou melhor, deitado na cama. Despertou com o som do microfone. A estrela da apresentação era seu próprio mentor espiritual, que o homenageou no roteiro. Bem, não foi propriamente uma homenagem, mas um escracho.
O guia foi tão duro que dá até pena de Marcelo. As piadas acertaram “na canela” do homem, pintado como a pior pessoa do mundo. Parece que o mentor usou o stand-up comedy como último recurso, para constranger mesmo. Se nem isso surtisse efeito, talvez jogasse a toalha.
O “comediante”, interpretado por Fábio de Luca, admitiu ter esperado facilidades ao receber o encargo. É que seu tutelado, papel de Sidney Grillo, era espírita. Mas o comportamento religioso condenável do moço dominou a cena. As descrições humilhantes expuseram só oportunismo e interesse. O coitado até tentou se justificar, mas não conseguiu. Aliás, quem é o coitado nessa história?
Estes são os Amigos da Luz, fazendo humor a partir do humor. Mas a marca do grupo carioca é também tocar as feridas que a prática espírita deixa à mostra.
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