Sob a sensível direção de Márcia Tamia e Henrique Martiniano, este terceiro episódio nos leva ao coração de um dos pilares da divulgação espírita no Brasil: a Casa Editora O Clarim. É nesse ambiente modesto, mas repleto de paixão e dedicação, que Wallace Leal encontrou sua verdadeira vocação editorial — transformando a revista, o jornal e os livros do Clarim em veículos de luz e esperança.

A trama começa na tipografia antiga, onde organizava as composições gráficas e Wallace revisava provas com seu olhar afiado. A cada nova remessa de correspondência — vinham da França, da Alemanha, de todos os cantos — ele abria as caixinhas da posta restante, decifrava manuscritos, traduzia obras internacionais e preparava prefácios tão brilhantes que, logo na leitura, despertavam o desejo de conhecer o conteúdo. Foi essa entrega que manteve o Clarim vivo em tempos de crise, recolhendo fundos em sessões de autógrafo, vendendo exemplares no avental de Caibar Schutel e contando com o apoio generoso de Chico Xavier.

Em Matão, onde a editora chegou a funcionar por um ano, testemunhamos a luta pela modernização: José Cunha aporta recursos, e Clotilde se revezam na diagramação, e Wallace concilia reuniões com a FEB, correspondências internacionais e até mesmo a organização de palestras beneficentes. Quando os panfletos e folhetins chegavam para revisão, ele resistia às distrações da juventude, corrigindo cuidadosamente cada linha enquanto trocava ideias sobre mediunidade e arte com a equipe.

Ao longo do episódio, surgem depoimentos de quem viveu esses bastidores: a afinidade de Wallace com Marlene Nobre, sua intensa correspondência com centros espíritas estrangeiros, a doação de romances de Chico Xavier que reergueram o Clarim e até o momento em que Emmanuel, por meio de um recado, desaconselhou sua bolsa de estudos na Romênia — um gesto que o manteve fiel ao seu compromisso com a casa de Araraquara. Cada memória constrói o retrato de um homem que, mesmo tendo olhos para luzes além do planeta, nunca deixou de valorizar o trabalho cotidiano de edição, tradução e gestão.

Ao final, somos lembrados de que o verdadeiro legado de Wallace Leal não está apenas nos livros impressos, mas nas vidas tocadas por suas palavras e nas sementes plantadas no coração de cada leitor. Assista ao episódio completo e descubra como um simples escritório tipográfico se transformou num farol para o espiritismo, guiado pela visão e pelo amor de um gigante editorial.

Capítulos:
00:00:05 – Experiências na editora O Clarim e a adolescência de Wallace
00:00:48 – A colaboração de Wallace com Caibar Schutel
00:02:12 – O impacto do trabalho de Caibar Schutel no Espiritismo
00:02:46 – As contribuições literárias e atividades de Wallace
00:03:42 – A importância do jornal O Clarim e as atividades de Wallace
00:05:12 – Revisão e organização de livros na editora
00:06:23 – Conexões e contatos de Wallace no meio espírita
00:08:23 – O papel de Chico Xavier na revitalização da editora
00:10:01 – A colaboração entre Chico Xavier e Wallace
00:12:07 – O crescimento do Clarim e suas novas publicações
00:14:03 – Contribuições de Wallace e a situação financeira da editora
00:16:12 – Wallace e suas relações pessoais no movimento espírita
00:18:15 – A ligação de Wallace com a Fundação Educandário Pestalozzi
00:19:34 – O reconhecimento de Wallace no meio intelectual
00:22:06 – O apoio espiritual de Emmanuel a Wallace
00:23:57 – As interações entre Wallace, Chico Xavier e o movimento espírita
00:27:36 – A multifacetada carreira artística de Wallace
00:30:23 – O legado de Wallace no espiritismo e eventos memoráveis
00:33:03 – A gratidão de Wallace e a continuidade da obra espírita

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