A cidade de Caucaia, no Ceará, recebeu o 9º Fórum da Associação Brasileira de Arte Espírita (Abrarte). E uma das atividades da edição, realizada em 2012, foi este estudo. Nele, Haroldo Dutra Dias, falando aos artistas e produtores presentes, preferiu deixar pontos de reflexão. Afinal, conceituar arte espírita oferece alguns desafios.
Em vez de definir arte, ele retoma a origem da Doutrina Espírita, ou Doutrina dos Espíritos. E conecta esse marco conceitual de Allan Kardec à relação entre arte e filosofia. Quem promove essa associação esclarecedora é Emmanuel, em “O Consolador”. Na segunda parte da obra de perguntas e respostas, o benfeitor trata do aspecto filosófico do Espiritismo. E, dentro do item “Sentimento”, trabalha a arte.
Com esse pano de fundo, Haroldo ressalta o papel artístico de encadear a contemplação filosófica a partir do estímulo ao sentir. Eis a importância da arte na busca humana pelo progresso e, em suas expressões culturais, por refletir no relativo a perfeição absoluta do Criador. Fecha a conferência a metáfora da expressão artística espírita como borboleta, explorada pelo Espírito Alfred de Musset na “Revista Espírita”.
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