Marcelo Uchôa observa o didatismo da estrutura do capítulo XXVI de “O Livro dos Médiuns”. Ela evidencia o compromisso didático de Allan Kardec ao tratar “Das perguntas que se devem fazer aos Espíritos”.
Após observações preliminares, o professor de Lyon organizou 32 questões respondidas pelos benfeitores. E estas foram agrupadas por assunto. O episódio anterior tratou das perguntas simpáticas ou antipáticas aos Espíritos. Isto é, com quais eles gostam e com quais não gostam de lidar.
Neste, são apresentadas as questões relativas ao futuro. São aquelas em que os encarnados buscam informações a respeito dos fatos que se sucederão. Marcelo volta a fazer uma observação a partir do título do capítulo. Se existem perguntas que se devem fazer aos desencarnados, convém que se evitem outras.
A espiritualidade ensina principalmente como filtrar descrições sobre situações vindouras. Se elas carregam detalhes precisos, como datas e locais, recomenda-se desacreditá-las. Outro crivo é o caráter das informações. Deve-se refutar aquelas de cunho individual, em detrimento às de caráter coletivo.
Fato é que se necessita ter cuidado ao se perguntar sobre o futuro. Em muitos casos, Espíritos superiores evitam responder. E, se vem um posicionamento direto, é dedutível a estirpe de seu autor.
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