“Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado?” Com a pergunta, Allan Kardec abre o item a que se dedica este episódio. Com ele, encerra-se o estudo do capítulo VII da segunda parte de “O Livro dos Espíritos“. Seu título é “Da Volta do Espírito à vida corporal”.
Marcelo Uchôa trabalha as oito questões. O codificador fornece extensos comentários para elucidar as respostas. E conclui atestando a sabedoria divina na condição limitada do ser quanto ao conhecimento de sua trajetória.
Ao contrário, se a conhecesse, essa verdade seria como um clarão que o ofuscaria. As lembranças dos fatos e das relações de outras existências limitaria – ou até paralisaria – suas movimentações e conquistas. Marcelo, então, recorre ao Mito da Caverna, de Platão, cuja figura é semelhante.
Os benfeitores apontam os meios pelos quais é possível desvendar parcialmente o passado. Segundo eles, as predisposições reativas e a natureza das provações constituem bons indicativos.
O esquecimento do passado respeita o livre-arbítrio e, assim, afere o mérito de cada um por sua evolução. No enfrentamento das provas e das expiações, todos contam com auxílio espiritual. Vem desse suporte as respostas da intuição e, do conhecimento de si próprio, a voz da consciência.
Leave a Comment