Aproxima-se da conclusão o estudo do capítulo VIII da segunda parte de “O Livro dos Espíritos“. Em “Da Emancipação da Alma“, Allan Kardec busca compreender as condições e formas em que se observa esse fenômeno. Ou seja, como alguém pode experimentar o mundo imaterial estando encarnado.
Este episódio dedica-se à chamada dupla vista ou segunda vista. O codificador explora o tema e pede esclarecimentos sobre diversas de suas nuanças. Por essa condição, o indivíduo percebe a realidade espiritual. Mas, apesar do nome, não se refere à visão, como a entendemos, com os olhos e a interpretação cerebral.
Antes, trata-se de uma faculdade do Espírito que, por hora, encontra-se limitado pelo corpo físico. Nesse sentido, Marcelo Uchôa faz uma ressalva. Dupla vista não é mediunidade, posto que não diz respeito, necessariamente, à comunicação com desencarnados.
Entendido o conceito, as questões desenvolvem a investigação. Kardec questiona se a propriedade permite a previsão do futuro, como no caso dos ledores de sorte. Pergunta se é possível desenvolvê-la ou herdá-la dos pais, se depender de predisposições orgânicas. E em quais condições ela aflora.
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