“Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” Paulo dirigiu essa pergunta aos coríntios, em sua primeira carta dirigida a essa comunidade. “Ouve o teu coração em cada prece; Deus responde em ti mesmo e te esclarece”, escreveu Auta de Souza pelo lápis de Chico Xavier.
Esses são textos que tratam da presença do Pai em nossa intimidade. E da possibilidade de sentir-lhe os desígnios. Nos mais graves dilemas, devemos nos voltar para dentro. Ouvindo a voz da consciência, entenderemos os ecos divinos indicando o rumo a se tomar.
Essa presença dEle em cada um é o ponto inicial deste episódio do estudo de Êxodo à luz do Espiritismo. Estamos abrindo a terceira parte do livro, em que se destaca a comunhão com Deus simbolizada pelo tabernáculo. Haroldo Dutra Dias cita a questão 13 de “O Livro dos Espíritos”. Ela diz respeito aos atributos do Criador, entre eles, a onipresença. Ora, se Ele está em toda parte, por que não habitaria em nós?
Dessa certeza, a conversa migra para o livre-arbítrio. Deus e suas criaturas mais adiantadas – como os mentores espirituais – indicam as possibilidades e os riscos da trajetória. Contudo, não decidem por nós. Haroldo ressalva que se trata de ilusão buscar eximir-se da responsabilidade da autonomia. Do contrário, como aprender com a própria inexperiência e evoluir. Então, ele cita como exemplo Alcíone, no romance “Renúncia”, com sua decisão de encarnar na Terra por amor.
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