A segunda parte do livro de Isaías destaca a misericórdia divina. Depois do julgamento de Israel e outras nações, a compaixão do Senhor visa à reorientação das ovelhas dispersas. E Sua atuação se efetiva por meio do envio de seu ungido, o Messias.
Nesse tomo conclusivo do texto, o capítulo 53 ocupa o cume da pirâmide, ou seja, tem uma posição central e mais elevada. Do que ele trata? Esse é o tema do episódio do estudo. Haroldo Dutra Dias lê e comenta trechos do chamado “Quarto cântico do servo”.
Esse servo explicitamente diz respeito ao Cristo. Seu padecimento, que viria a ocorrer 600 anos depois, recebe uma descrição cuja fidelidade impressiona. Várias imagens do Novo Testamento são antecipadas no texto. Entre elas, o cordeiro que se deixa imolar e a condenação reservada aos ímpios que quase ninguém compreenderia.
Haroldo traz interpretações espíritas sobre a profecia. Ele reforça que Jesus passou pelo sacrifício na cruz não por merecimento. Tratou-se de uma lição silenciosa de redenção que germinaria nos milênios vindouros. Contudo, a pedagogia da cruz como expiação íntima segue como desafio de compreensão e aceitação, inclusive para os cristãos.
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