Em diversos trechos da Codificação, Allan Kardec é taxativo sobre uma questão. Ele ensina que a Doutrina visa à transformação moral do indivíduo. Assim, seu objetivo não é o fenômeno mediúnico, o estudo do Evangelho ou a assistência social. Estes constituem meios para o fim renovador individual.
Uma vez alcançado algum aprimoramento, essa conquista seria para sempre. E não tem mais jeito agir de outra forma. A bondade assimilada não dá margem para o relativismo de outras práticas.
Mas os Amigos da Luz mostram que ser “meio espírita” é possível. Claro, tão possível quanto estar “meio doente” ou “meio grávida”. A crítica inteligente é uma marca do grupo de humor do Rio de Janeiro. O ponto de partida para seus vídeos é a observação afiada das experiências espíritas e de seus praticantes.
Neste episódio, um casal caminha à noite pela calçada. Estavam voltando da casa espírita, onde ele havia acabado de dar uma palestra. Eles são abordados por um rapaz em tom ameaçador.
Sem dúvida, era um assalto, deduzem. Mas não era o caso: tratava-se de um cobrador de um débito do passado. Então, o casal, espertamente, acha melhor recolher e não usar as “virtudes típicas” dos espíritas.
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