A continuidade da vida espiritual depois da morte é um ponto em comum da maior parte das religiões, inclusive as cristãs. Contudo, elas divergem quanto ao destino e à condição dos seres após a cessação da energia orgânica. Céu e inferno são fazem parte da cultura ocidental, como estâncias transcendentes tão arraigadas à mentalidade cristã.
Nos anos de Allan Kardec, ainda era esse o pensamento vigente. O sistema de penas ou gozos eternos derivava de uma teologia católica milenar, repetida em maior ou menor fidelidade nas igrejas reformadas. Em 1865, o codificador publicou “O Céu e o Inferno“, que resulta da entrevista de dezenas de Espíritos. O livro nasceu dos relatos das condições desses indivíduos na erraticidade e da relação entre essas situações e a conduta que tiveram durante a existência física.
E, atualmente, nos escritos católicos, há bastante convergência com as deduções de Kardec. A irmã Aíla Pinheiro essa evolução teológica no campo denominado escatologia. Ela é a convidada deste PodSER, o podcast do SER. Também participam Luis Sérgio Marotta, Haroldo Dutra Dias e Thiago Franklin.
Aíla apresenta o que de mais atual se estuda e publica a respeito da vida após a desencarnação nas instituições católicas. As narrativas de experiências de quase morte (EQM) têm sido uma fonte de material. E ganha terreno a noção de não se tratar de um lugar o destino espiritual, mas de uma condição que reflita a intimidade.
A noção medieval de céu e inferno não é mais hegemonia na teologia católica. A irmã Aíla Pinheiro conta essa evolução neste PodSER, sobre imortalidade e as leituras religiosas.
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