O livro do Apocalipse (“O livro da revelação”) e também chamado de Apocalipse de João, é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico, e que foi escrito pelo Apóstolo João

A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis, significa “revelação”, formada por “apo”, tirado de, e “kalumna”, véu.

Um “apocalipse”, na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Portanto, os relatos escritos dessas revelações, passaram a ser designados de “apocalipse” e por conta das traduções feitas para a nossa língua, o termo ficou conhecido pelo senso comum como sinônimo de “final dos tempos”.

Apocalipse e o Espiritismo

A doutrina espírita esclarece alguns conceitos sobre o apocalipse. Emmanuel relatou, por meio da psicografia de Chico Xavier, que o “fim do mundo” será um fato marcante que fará a terra passar de um mundo de provas e expiações para a regeneração.

Grande parte dos conceitos da origem do fim do mundo ou apocalipse, se originou do livro do Apocalipse escrito por João, quando estava exilado na ilha de Patmo, na Grécia.

O livro do Apocalipse nos mostra alegorias de diversas situações atuais. Segundo o estudioso espírita, José Reis Chaves, João descreveu cenários apocalípticos para transmitir a palavra de Jesus em alegorias, para não ser punido pelos imperadores da época.

João, na época estava muito idoso. Desta forma, para passar aos papéis suas visões ele teve que pedir o auxílio de escribas para descrever o conteúdo. Observemos que o que está descrito nas escrituras é somente aquilo que os escribas interpretaram do que ele disse.

O Fim dos Tempos Segundo o Espiritismo

A Doutrina Espírita faz referência ao término do clico evolutivo dos planetas, o que chamamos de “final dos tempos”. A atual passagem do planeta Terra de um mundo de provas e expiações para um mundo regenerador se enquadra neste cenário. 

Em A Gênese e em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec nos conta que os mundos possuem uma gradação evolutiva, iniciando sua caminhada nos primeiros estágios chamados de mundos primitivos e concluindo ao atingir o estágio evolutivo de mundos celestes.

O nosso planeta, portanto, se encontra apenas na segunda fase desta escala e já passou e passará por muitas transformações, que estão previstas nas profecias do Apocalipse.

Apocalipse como Regeneração

Na Revista Espírita de 1868, temos um artigo chamado “A regeneração“, que foi psicografado em 11 de março de 1867 pela médium Sra. B, em Lyon. Nele podemos ler:

“Naquele tempo não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho, porque o que era antes terá passado.”

Esta predição do Apocalipse foi ditada há dezoito séculos, e ainda se espera que tais palavras se realizem, porque sempre se encaram os acontecimentos quando se passaram e não quando se desenrolam aos nossos olhos.

Entretanto, essa época predita já chegou. Não há mais dores para aquele que soube colocar-se à margem da estrada, a fim de deixar passarem as mesquinharias da vida, sem detê-las para delas fazer uma arma ofensiva contra a Sociedade.

Estais em meio a estes tempos como a espiga dourada está na colheita; viveis sob os olhares de Deus e sua radiação vos ilumina! De onde vem que vos inquietais com a marcha dos acontecimentos que foram previstos por Deus, quando apenas éreis as crianças da geração de que falava Jesus quando ele dizia: “Antes que esta geração passe acontecerão grandes coisas?”

O que sois, Deus o sabia; o que sereis, Deus o vê! Cabe-vos bem vos penetrardes do caminho que vos é traçado, porque vossa tarefa é de vos submeterdes a tudo o que Deus decidiu. Vossa resignação, e sobretudo a vossa amenidade, não são senão testemunhos de vossa inteligência e de vossa fé na Eternidade.

Acima de vós, neste Universo onde se move o vosso mundo, planam os Espíritos mensageiros que receberam a missão de vos guiar. Eles sabem quando se realizarão os acontecimentos preditos. Eis por que vos dizem: “Não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho.”

Sem dúvida não pode mais haver grito para aquele que se submete às vontades de Deus, e que aceita as suas provações. Não há mais luto porque sabeis que os Espíritos que vos precederam não estão perdidos para vós, mas que eles estão em viagem. Ora, não se veste luto quando um amigo está ausente.

O próprio trabalho torna-se um favor, porque se sabe que ele é um concurso à obra harmônica que Deus dirige; então executa-se a sua parte de trabalho com a solicitude do estatuário que se põe a polir a sua estátua. É a recompensa infinita que Deus vos concede.

Entretanto, ainda encontrareis entraves em vossas tentativas para chegar ao melhoramento social. É que jamais se chega ao resultado sem que a luta venha ratificar os esforços. O artista é obrigado a vencer os obstáculos que se opõem à irradiação de seu pensamento. Ele só se torna vitorioso quando soube elevar-se acima das privações e dos vapores brumosos que envolvem seu gênio, ao nascer.

A ideia que surge foi semeada pelos Espíritos, quando Deus lhes disse: “Ide e instruí as nações. Ide e espalhai a luz.” Essa ideia que cresceu com a rapidez de uma inundação, naturalmente deve ter encontrado contraditores, oponentes e incrédulos. Ela não seria a fonte da vida se devesse ter sucumbido sob as troças que a acolheram em seu começo.

Mas o próprio Deus guiava esse pensamento através da imensidade; ele o fecundava na Terra, e ninguém o destruirá! Seria inútil que procurassem extirpá-lo pelas raízes; trabalhariam em vão para aniquilá-lo nos corações; as crianças trazem-no ao nascer, e dir-se-ia que um sopro de Deus o incrusta em seu berço, como outrora a Estrela do Oriente iluminava os que vinham à presença de Jesus, portador da ideia regeneradora do Cristianismo.

Bem vedes, pois, que esta geração não passará sem que aconteçam grandes coisas, pois que com a ideia, a fé se eleva e a esperança irradia… Coragem! O que foi predito pelo Cristo deve realizar-se. Nestes tempos de aspiração à verdade, a luz que aclara todo homem que vem a este mundo brilha de novo sobre vós.

Perseverai na luta, sede firmes e desconfiai das armadilhas que vos preparam. Ficai ligados a essa bandeira em que escrevestes: Fora da caridade não há salvação, e depois esperai, porque aquele que recebeu a missão de vos regenerar volta, e ele disse:

“Bem-aventurados aqueles que conhecerem o meu novo nome!” – UM ESPÍRITO.

 

Apocalipse e o Espiritismo

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