Diversidade Sexual é o termo usado para designar as várias formas de expressão da sexualidade humana.
O termo é mais usado em assuntos relacionando à militância, artes e ciências; o emprego correto do termo é exemplificado como “Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual”, ou seja, uma mostra de cinema e vídeo sobre gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros.
O Irmão Saulo, em seu texto O Valor do Auxílio, nos esclarece:
Aquilo que mais te diferencia na Terra, perante a Vida Superior, para efeito de promoção espiritual, não será tanto:
- haver renascido em um corpo mutilado ou enfermiço;
- trazer graves conflitos psicológicos;
- residir num lar difícil;
- inquietar-te com familiares-problemas;
- aguentar frustrações e contratempos;
- experimentar o sarcasmo público;
- facear críticas injustas;
- tolerar humilhações e pedradas;
- suportar injúrias ou acusações descabidas;
- conhecer a deserção de colaboradores e companheiros;
- lutar incessantemente contra
- as próprias tendências inferiores;
- observar-te sob constante processo obsessivo; carregar tropeços e desenganos.
O que mais te destaca, no Plano Físico, ante a Vida Maior, com vistas à aquisição de melhoria e aperfeiçoamento, no rumo da Espiritualidade Superior, será sofrer na área de semelhantes provações e prosseguir trabalhando e servindo, em auxílio aos outros, na prosperidade do Bem Eterno.
Palestra Espírita sobre Diversidade Sexual
Sexualidade é um tema espinhoso nas famílias. Após séculos de repressão e negação, a prática sexual tangencia outro extremo nas últimas décadas. A libertação comportamental rompeu regras, mas não necessariamente criou novas. A impressão de que, para os jovens, tudo é permitido assusta os pais. Como lidar?
Assista a O espírito, a diversidade sexual e a família, uma palestra realizada em 2017 no 2º Congresso Espírita de Uberlândia, promovido pela WEB Rádio Fraternidade.
Alberto Almeida justifica por que o Espiritismo pode fornecer referências na condução desses graves dilemas domésticos. Nem repressão, nem abandono, mas sempre diálogo e amor na relação entre pais e filhos.
O médico e terapeuta sustenta que a sexualidade não deve ser congregada ao sexo de nascimento e à fisiologia. A orientação sexual e afetiva é condicionada pela trajetória do espírito em suas diversas encarnações. “Nossos filhos são espíritos” e, nestes tempos turbulentos, a carência de afeto é mal-compensada pelo apelo sexual de fácil acesso. Mas, segundo Almeida, o lar continua a ser fonte prioritária de amor.
A doutrina espírita faz referência à diversidade sexual?
Andrei Moreira, médico com especialização em homeopatia e presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais, em entrevista ao site O Tempo, nos esclarece que Allan Kardec não tratou da temática especificamente, mas, sim, da energia sexual de forma genérica, como fonte de vida, criação e realização para o espírito.
A homossexualidade, segundo a ciência, é uma orientação afetivo-sexual normal.
Andrei Moreira
Por se tratar de um tema polêmico, não há uma visão consensual sobre o assunto no movimento espírita, mas há excelentes textos dos espíritos André Luiz e Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, nos direcionam o pensamento e a reflexão para respeito, acolhimento e inclusão da pessoa homossexual, entendendo a homossexualidade como uma condição evolutiva natural, decorrente de múltiplos fatores, sempre individuais para cada espírito.
Essa condição, ainda segundo Andrei, quando exclusiva ou predominante na vida do espírito, é construída ou escolhida em função de tarefas específicas ou provas redentoras, incluindo-se as condições expiatórias e reeducativas devido a abusos afetivo-sexuais no passado, que parecem ser a causa determinante da maior parte das condições homossexuais, segundo a literatura espírita.
O homossexual é entendido no mesmo nível de dignidade das pessoas heterossexuais e incluído nos mesmos direitos e deveres que lhe garantam cidadania, afeto e realização na vida.
O espírito Emmanuel esclarece, em “Vida e Sexo” (psicografia de Chico Xavier), que o espírito é portador da bissexualidade psíquica, em função de ser assexuado em sua natureza e vivenciar as duas polaridades (masculino e feminino) de forma alternada, ao longo das múltiplas vivências encarnatórias.

A atração sexual e afetiva da experiência presente é resultado da interação de fatores biológicos e psicológicos do passado espiritual e do presente, que varia enormemente de indivíduo para indivíduo, tanto na encarnação quanto em suas fases.
Dessa forma, encontraremos pessoas predominantemente homossexuais, que são convidadas à autoaceitação e à dignificação pessoal pela vivência do autoamor e da parceria afetiva legítima, e também pessoas vivenciando experiências homossexuais, sem que essa seja a identidade predominante, caracterizando uma série de vivências que necessitam de individualização para serem compreendidas à luz da reencarnação.
Andrei Moreira tem o livro A Homossexualidade sob a Ótica do Espírito Imortal, o resultado de 15 anos de pesquisa e coleta de material científico e doutrinário na visão espírita sobre a homossexualidade.