Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações.
Com a Filosofia Espírita, o homem pode reaprender a ver o mundo que o cerca, e ir além, entendendo também o Mundo Invisível.
Tríplice aspecto do Espiritismo
O Espiritismo não é uma religião propriamente dita, em virtude de não possuir rituais, cerimônias, liturgias e sacramentos.
É portanto determinado como uma doutrina, ou seja, um conjunto coerente de ideias fundamentadas, de tríplice aspecto: o religioso, o científico e o filosófico.
Emmanuel, em “O sublime triângulo”, nos explica:
A Ciência, a Filosofia e a Religião constituem o triângulo sobre o qual a Doutrina Espírita assenta as suas próprias bases, preparando a Humanidade do presente para a vitória suprema do Amor e da Sabedoria no grande futuro” (…) Não será justo em nosso movimento libertador da vida espiritual, prescindir da Ciência que estuda, da Filosofia que esclarece e da Religião que sublima.
Emmanuel
Como Doutrina, Kardec nos explica que o Espiritismo é um corpo com 3 faces, 3 aspectos diferentes: Religioso, Científico e Filosófico.
A Doutrina Espírita é de natureza tríplice, pois abrange princípios filosóficos (é uma “filosofia espiritualista”), científicos e religiosos ou morais.
O Espiritismo é uma filosofia porque sua temática abrange essencialmente objetos de conhecimento que estão além da experiência sensível: a existência de Deus, os princípios constitutivos do universo, leis morais e outros. Utilizando o método racional.
Daí Kardec afirmar:
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática consiste nas relações que se podem estabelecer entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem de tais relações.
Allan Kardec
O aspecto filosófico da Doutrina Espírita
Em linhas gerais, o aspecto filosófico analisa a Criação Divina, explicando porque Deus criou o homem, qual é a sua origem e sua destinação, refletindo sobre as causas da felicidade e infelicidade humanas.
O aspecto científico fornece comprovações a respeito da natureza e imortalidade do Espírito; a influência exercida pelos Espíritos e o intercâmbio mediúnico estabelecido entre encarnados e desencarnados.
O aspecto religioso trata das consequências morais do comportamento humano, definido pelo uso do livre arbítrio e governado pela lei de causa e efeito.
A base dos estudos Espiritas
Os conceitos filosóficos básicos da Doutrina Espírita
– Deus: inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
– Reencarnação: através da imortalidade da alma, o homem tem a oportunidade de crescimento moral
– Mediunidade: aptidão de contato com o mundo espiritual
– Livre arbítrio: liberdade de escolha, onde cada um é responsável por sua própria conduta e ações.
– Conduta: seguir o Evangelho de Jesus e seus ensinamentos é o que deve direcionar o espírita.
A Filosofia Espírita
O aspecto filosófico do Espiritismo enseja a consciência crítica, essa grande demolidora dos mal alinhavados e ancilosados dogmas medievais que até hoje tencionam e sufocam o pensamento religioso da Humanidade.
De acordo com J. Herculano Pires em Introdução à Filosofia Espírita, “O problema do ser empolga toda a História da Filosofia e podemos considerá-lo como o elo que mantém a união do pensamento religioso com o filosófico”.
Na Filosofia Espírita esse mistério se aclara através da revelação e da cogitação A revelação pode ser humana e divina. No caso é divina, pois reservamos para o campo humano a expressão clássica da técnica filosófica: a cogitação.
Os Espíritos revelaram a existência do Ser pela comunicação mediúnica (e a provaram pela fenomenologia mediúnica), mas os homens confirmaram essa existência pela cogitação, pela pesquisa mental do problema.