O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos.
É o conjunto de todos os elementos, vivos ou não vivos, atuais ou passados, que, não fazendo parte intrínseca do organismo ou grupo de organismos, considerado, tem com ele ou eles relações diretas ou indiretas interagindo no tempo e no espaço.
Por Meio Ambiente entende-se tudo o que nos rodeia, ou seja, o ar, as plantas, os animais, as indústrias, os aeroportos, os aviões etc.
Hipótese Gaia
A hipótese Gaia foi elaborada pelo cientista inglês James Lovelock no ano de 1979, e fortalecida pelos estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis.
Segundo a hipótese, o planeta Terra é um imenso organismo vivo, capaz de obter energia para o seu funcionamento, regular seu clima e temperatura, eliminar seus detritos e combater suas próprias doenças, ou seja, assim como os outros seres vivos, um organismo capaz de se autorregular.
A hipótese Gaia sugere também que os seres vivos são capazes de modificar o ambiente em que vivem.
A visão espírita sobre o Meio Ambiente
“A Terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ele a emprega no supérfluo o que poderia ser empregado no necessário”. (O Livro dos Espíritos, capítulo V, Lei de Conservação)
O Planeta Terra, com 510.934.000 km2 de área total, dos quais 148.148 km2 (um quinto) são ocupados por terra e 149.500.000 km distante do Sol, está localizado na órbita ideal — entre a de Vênus e a de Marte — para sustentar a vida. Se mais próximo do Sol, estaria muito quente; se mais distante, muito frio.
Forma um ecossistema único e finito, imerso no vento solar, bombardeado por partículas do espaço e radiado pela luz solar. Possui, ainda, um campo magnético que o defende de partículas de alta velocidade, vindas do Sol e do Cosmo.
Mas desde que o homem surgiu no cenário planetário os impactos sobre o meio ambiente se lhe acompanharam.
O fogo talvez tenha sido o primeiro elemento a empregar em tal empreitada. É claro que os primitivos, sem o conhecimento da tecnologia, tiveram um impacto menor do que aquele que se assiste na atualidade.
Os animais, utilizando o instinto, só consomem aquilo que satisfaz as suas necessidades. Vivendo naturalmente, eles não causam desastres ecológicos, porque a própria natureza incumbe-se de manter o equilíbrio. Um exemplo: o excesso de formiga é eliminado pelo aparecimento do tatu.
O homem, sendo o elemento racional, nem sempre age racionalmente.
Acaba interferindo na natureza e desequilibrando o meio ambiente. Observe o que aconteceu na Austrália, quando se introduziu o coelho para comer outras espécies. Como o coelho se reproduz muito mais rapidamente do que as espécies que ele deveria comer, acabou tendo um excesso de coelho, o que obrigou o governo a dar vacina para diminuir a sua reprodução.
Segundo a visão espírita, o Homem, para o provimento de suas necessidades, é obrigado a transformar os recursos naturais, mas o ponto de equilíbrio está em usar os bens naturais de forma conservativa, isto é, sem perder o equilíbrio cósmico.
Lei de Conservação e da lei de Destruição e o Meio Ambiente
Allan Kardec, ao tratar em O Livro dos Espíritos, da Lei de Conservação e da lei de Destruição oferece-nos subsídios para avaliarmos a questão.
Diz-nos, em resposta à pergunta 705 – Por que a Terra nem sempre produz bastante para fornecer o necessário ao homem?, que “… a Terra produziria sempre o necessário se o homem soubesse contentar-se. Se ela não cumpre a todas as necessidades é porque o homem emprega no supérfluo o que se destina ao necessário.
Vede como o árabe no deserto encontra sempre do que viver, porque não cria necessidades fictícias. Mas quando metade dos produtos é desperdiçada na satisfação de fantasias, deve o homem se admirar de nada encontrar no dia seguinte e tem razão de se lastimar por se achar desprevenido quando chega o tempo de escassez?
Na verdade eu vos digo que não é a Natureza a imprevidente, é o homem que não sabe regular-se”.