MÚSICA #01 – A PROMESSA
“Cantata Brasiliana” é uma suíte de canções natalinas. Luis Barcelos compôs as melodias e interpretou as músicas. As letras são de Aluizio Elias. Elas se baseiam nos relatos sobre a concepção e o nascimento de Jesus segundo o Evangelho de Lucas. A exceção é “Os Magos”, inspirada na narrativa de Mateus.
A cantata foi integralmente composta e gravada em novembro e dezembro de 2020. Esse ano teve um Natal de apreensão por conta da pandemia da Covid-19. A ideia dos parceiros era fazer uma música para aclimatar o melhor clima naquele contexto. Contudo, motivados e inspirados, compuseram nove, um álbum inteiro.
Em razão do prazo curto e das imposições sanitárias, Barcelos desenvolveu arranjos com poucos elementos em estúdio. Ainda assim, receberam a marca da sofisticação do bandolinista, um dos mais destacados de sua geração. Chamam a atenção nos registros a brasilidade, com o tempero de diversos gêneros populares.
Aliás, essa é outra característica da suíte. Muitas das composições transpõem a rememoração do Natal para a nossa realidade, de dificuldades íntimas e ainda matizada pela pobreza e pela injustiça social. Acima desses desafios, segue imperando a misericórdia do Menino Jesus, que veio habitar conosco.
Um ano após o lançamento de “Cantata Brasiliana”, o Portal SER convidou seus autores para uma live natalina. Todas as canções foram comentadas por eles e reapresentadas com uma roupagem nova. Cada uma ganhou um singelo videoclipe. E esse valioso material audiovisual está disponível na plataforma Espiritismo.TV.
“A Promessa” faz parte da Cantata e trata da anunciação do anjo Gabriel a Maria. “Salve agraciada, o Senhor é contigo”.
A PROMESSA
“Eis a serva”,
Diz ao anjo, a mocinha ajoelhada
Porque conserva
A confiança na promessa anunciada
E ela guarda
No seu ventre a certeza viva
De que há na albarda
Espera ativa
Conceição, ou Benedita
Qualquer moça pobre
Se mãe, descobre
Que acredita
no Natal
“Eis a serva”,
Diz ao anjo, a mocinha ajoelhada
Porque conserva
A confiança na promessa anunciada
É Maria, é Divina
Cândida, Aurora
O nome e a sina
De qualquer senhora
Ela é Rosa, Imaculada
A fada madrinha
Dama adorada
E rainha
Do Natal
“Eis a serva”,
Diz ao anjo, a mocinha ajoelhada
Porque conserva
A confiança na promessa anunciada