MÚSICA #04 – UM CHORO PARA SÃO JOÃO
MÚSICA #12 – MORRO ALTO
MÚSICA #11 – VIDA ALÉM
MÚSICA #10 – BENÇÃO
MÚSICA #09 – CANTO DE MÃE FIGENA
MÚSICA #08 – A CANÇÃO DO MONJOLO
MÚSICA #07 – MURUNDÚ DE TATU-PEBA
MÚSICA #06 – ESPERAR…ESPERAR
MÚSICA #05 – ARVORAR
MÚSICA #03 – PARA O MUTUM, PARA O MENINO
MÚSICA #02 – PARA CADA ÁRVORE, RIO E ARRAIAL
MÚSICA #01 – MANSIDÃO
MÚSICA #04 – UM CHORO PARA SÃO JOÃO
Música do projeto Morro Alto I.
Composição de Luis Barcelos e Aluizio Elias
Participação especial, voz – Pedro Miranda
Arranjo: Luis Barcelos
Violão 7 cordas – Rafael Mallmith
Violão – Glauber Seixas
Cavaquinho – Leonardo Pereira
Pandeiro – Magno Júlio
Bateria / Prato e faca – Marcus Thadeu
Tuba – Thiago Osório
Trombone – Éverson Moraes
Trompete – Aquiles Moraes
Clarinete – Rui Alvim
Flauta – Eduardo Neves
Produção executiva: SER
UM CHORO PARA SÃO JOÃO
(Luis Barcelos/Aluizio Elias)
Há no galinheiro
Um bichinho estrangeiro
E eu me pergunto: O que será?!
Forasteiro ciscando o chão
Ou um galo cristão que não cantará?
Quem tá no poleiro
É um intruso fagueiro
Esse estranho querendo ser
Um parente próximo, irmão
Que o ninho deve acolher
Nascido aqui
Criado ali
Vivendo acolá
Como ao Deus-dará
Sempre se é
O que pode a fé
O que pede Deus, calado
Acostumado
O sonhador
Sonha o que quer
Mas, se puder
Dá-se ao destino
Um dom divino
A pedra ao lapidador
Mas, sabe Deus
Mais sobe os Seus
Porque é capaz
Uma ave audaz
Se quer voar
Deverá saltar
Da quina de algum rochedo
Vencendo o medo
Vence a dor
Arpia, enfim
Voando assim
Solta no vento
Um pensamento
Ou uma canção de Amor
Há no galinheiro
Um bichinho estrangeiro
E eu me pergunto: O que será?
Forasteiro ciscando o chão
Ou um galo cristão que não cantará?
Quem tá no poleiro
É um intruso fagueiro
Esse estranho querendo ser
Um parente próximo, irmão
Que o ninho deve acolher
Mutum é quem quer cantar
Mutum é quem quer voar
Quando o que for canto doer
Quando o voar for sofrer
Quando foi mutum, voou
Quando foi galo, cantou
Valente, então, sente
Quem doa a Vida não vai nos faltar
Mutum que é mutum não diz
O quanto tem que suar
Cansado, ele luta e é feliz
Porquanto a luta é se dar
Se o lobo sai, ele vai
Se o lobo vem, ele sai
Contente, ele entende
Que é boa a Vida. E por que reclamar?
Há no galinheiro
Um bichinho estrangeiro
E eu me pergunto: O que será?
Forasteiro ciscando o chão
Ou um galo cristão que não cantará?
Quem tá no poleiro
É um intruso fagueiro
Esse estranho querendo ser
Um parente próximo, irmão
Que o ninho deve acolher