O Evangelho Segundo Mateus, comumente abreviado para Evangelho de Mateus, é um dos quatro evangelhos canônicos e é o primeiro livro do Novo Testamento. Este evangelho sinótico é um relato da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré.
Mateus, em seu Evangelho, detalha a história de sua genealogia até a Grande Comissão.
O Evangelho de Mateus está muito alinhado com o judaísmo do primeiro século, e tem sido associado aos evangelhos judaico-cristãos; ressalta como Jesus cumpriu as profecias judaicas.
Na Bíblia de Jerusalém, podemos encontrar, sobre o Evangelho de Mateus que o Evangelista reproduz muito mais completamente que Marcos o ensinamento de Jesus (que ele tem em grande parte em comum com Lucas) e insiste sobre o tema do “Reino dos Céus” (3,2; 4,17+) pode-se caracterizar seu evangelho como uma instrução normativa sobre a vinda do Reino dos Céus.
Este Reino de Deus (= dos Céus) que deve restabelecer entre os homens a autoridade soberana de Deus como Rei por fim reconhecido, servido e amado, havia sido preparado e anunciado pela Antiga Aliança.
Também Mateus, escrevendo para uma comunidade de cristãos vindos do judaísmo e talvez discutindo com os rabinos, aplica-se particularmente a mostrar o cumprimento das Escrituras* na pessoa e na obra de Jesus. A cada passo de sua obra, ele se refere ao AT para provar como a Lei e os Profetas são “cumpridos” (…).
Ele o faz para a pessoa de Jesus, confirmando com textos escriturísticos (relativo às Escrituras) sua raça davídica (1,1-17), seu nascimento de uma virgem (1,23), em Belém (2,6), sua estada no Egito, seu estabelecimento em Cafarnaum (4,14-16), sua entrada messiânica em Jerusalém (21,5.16); ele o faz quanto à sua obra, suas curas milagrosas (11,4-5), seu ensinamento que “realiza” a Lei (5,17), dando-lhe uma interpretação nova e mais interior (5,21-48; 19,3-9.16-21).
E Mateus não salienta menos fortemente como a humildade dessa pessoa e o aparente fracasso dessa obra também são cumprimento das Escrituras: o massacre dos inocentes (2,17s), a infância escondida em Nazaré (2,23), a mansidão compassiva do “Servo” (12,17-21; cf. 8,17; 11,29; 12,7); o abandono dos discípulos (26,31), o preço vergonhoso da traição (27,9-10), a prisão (26, 54), o sepultamento durante três dias (12,40), tudo isso era o desígnio de Deus anunciado pela Escritura