Do latim natale significa nascimento. Dia em que se comemora o nascimento de Cristo.

Natal ou Dia de Natal é um feriado e festival religioso cristão comemorado anualmente em 25 de Dezembro, originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno, e adaptado pela Igreja Católica no terceiro século d.C. , para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano, passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.

O Histórico do Natal

As Igrejas orientais, desde o século IV, celebravam a Epifania (“aparição” ou “manifestação”), em 6 de janeiro, cujo simbolismo referia-se ao mistério da vinda ao mundo do Verbo Divino feito homem.

Em Roma, desde o tempo do Imperador Aureliano (274), o dia 25 de dezembro (solstício de Inverno, no calendário Juliano) era consagrado ao Natalis Solis Invicti, festa mitríaca do “renascimento” do Sol. A Igreja romana não tardou em contrapor-lhe a festa cristã do Natale de Cristo, o verdadeiro “sol de justiça”. Esta festa pronto se estendeu por todo o Ocidente, não tardando também em ser adotada por todas as igrejas orientais. (Enciclopédia luso-Brasileira de Cultura)

O nascimento de Cristo sempre esteve envolvido em controvérsias.

Para uns, seria 1.º de janeiro; para outros, 6 de janeiro, 25 de março e 20 de maio. Pelas observações dos chineses, o Natal seria em março, que foi quando um cometa, tal qual a estrela de Belém, reluziu na noite asiática no ano 5 d.C.

Como data festiva, é um arranjo inventado pela Igreja e enriquecida através dos tempos pela incorporação de hábitos e costumes de várias culturas: a árvore natalina é contribuição alemã (século VIII); o Papai Noel (vulgo São Nicolau) nasceu na Turquia (século IV); os cartões de natal surgiram na Inglaterra, em meados do século XIX. (Estado de São Paulo, p. D3)

O Natal por Emmanuel

No livro Coletânea do Além, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, no texto intitulado “A Manjedoura”, Emmanuel no fala sobre o Natal:

As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à Eterna Lição de Humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.

A Manjedoura foi o Caminho.

A Exemplificação era a Verdade.

O Calvário constituía a Vida.

Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.

É por isso que, emaranhados no cipoal da ambição menos digna, os povos modernos, perdendo o roteiro da simplicidade cristã, desgarram-se da estrada que os conduziria à evolução definitiva, com o Evangelho do Senhor.

Sem ele, que constitui o transunto de todas as ciências espirituais, perderam-se as criaturas humanas, nos desfiladeiros escabrosos da impiedade.

Debalde, invoca-se o prestígio das religiões numerosas, que se afastaram da Religião Única, que é a Verdade ou a Exemplificação com o Cristo.

Com as doutrinas da Índia, mesmo no seio de suas filosofias mais avançadas, vemos os párias miseráveis morrendo de fome, à porta suntuosa dos pagodes de ouro das castas privilegiadas.

Com o budismo e com o xintoísmo, temos o Japão e a China mergulhados num oceano de metralha e de sangue.(1)

Com o Alcorão e com o Judaísmo, temos as nefandas disputas da Palestina.

Com o Catolicismo, que mais de perto deveria representar o pensamento evangélico, na civilização ocidental, vemos basílicas suntuosas e frias, onde já se extinguiram quase todas as luzes da fé. Aí dentro, com os requintes da ciência sem consciência e do raciocínio sem coração, assistimos às guerras absurdas da conquista pela força, identificamos o veneno das doutrinas extremistas e perversoras, verificamos a onda pesada de sangue fratricida, nas revoluções injustificáveis, e anotamos a revivescência das perseguições inquisitórias da Idade Média, com as mais sombrias perspectivas de destruição.

Um sopro de morte atira ao mundo atual supremo cartel de desafio.

Não obstante o progresso material, sente a alma humana que sinistros vaticínios lhe pesam sobre a fronte.

É que a tempestade de amargura na dolorosa transição do momento significa que o homem se mantém muito distante da Verdade e da Vida.

As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura…

Sem ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da fraternidade e da paz.

Sem ele, tudo serão perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho Esquecido da Humildade.

Natal e o Espiritismo

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