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Segundo o relato bíblico, a travessia dos hebreus entre o Egito e Israel levou aproximadamente 40 anos. Mas se estima que, com objetidade, em linha reta, não seriam necessários dois meses para se cumprir esse roteiro. O que justificou a demora.
Temos refletido sobre Êxodo enquanto representação da evolução. E a figura da progressão espiritual, numa espiral complexa, explica a duração longa. A terra prometida de pureza e felicidade custa muitas experiências, com seus tropeços.
Nessa rota, tem papel (literalmente) central o tabernáculo. Haroldo Dutra Dias vem apontando para os sentidos de sua estrutura e seus elementos interno.
Neste episódio, contudo, ele fala da dinâmica relacionada à tenda ao longo da migração do povo. Ela deveria ser montada e desmontada, assim como as barracas das famílias, seguindo os ciclos do dia e da noite. Isso evidencia as idas e vindas na carne, nos processos de desencarnação e reencarnação.
Haroldo recorda ainda o propósito do tabernáculo. Ele simbolizava a presença de Yahweh no meio dos hebreus em peregrinação. E essa condição, tanto dentro quanto fora, traduz a relação do ser humano com Deus.