BOA NOVA – PRIMEIRAS PREGAÇÕES
BOA NOVA – SERMÃO DO MONTE
BOA NOVA – MARIA DE MAGDALA
BOA NOVA – JOANA DE CUSA
BOA NOVA – A NEGAÇÃO DE PEDRO
BOA NOVA: JESUS NA SAMARIA
BOA NOVA – OS DISCÍPULOS
BOA NOVA – OS QUINHENTOS DA GALILÉIA
BOA NOVA – O PERDÃO
BOA NOVA – A LUTA CONTRA O MAL
BOA NOVA – VELHOS E MOÇOS
BOA NOVA – MARIA
BOA NOVA – AMOR E RENÚNCIA
BOA NOVA – A ÚLTIMA CEIA
BOA NOVA – BOM ÂNIMO
BOA NOVA – FIDELIDADE A DEUS
BOA NOVA – A LIÇÃO A NICODEMOS
BOA NOVA – PRIMEIRAS PREGAÇÕES
Antes de acessar o conteúdo do capítulo de “Boa Nova“, Haroldo Dutra Dias faz duas contextualizações. Ele descreve as características literárias da obra. Humberto de Campos, seu autor espiritual, foi um literato destacado e ocupou uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
No além, pela psicografia de Chico Xavier, o escritor adotou um estilo de prosa poética com nuanças parnasianas. Assim, as descrições dos elementos naturais são um componente importante na narrativa, visando à sensibilização do leitor.
Haroldo traça ainda um panorama geopolítico da Palestina nos tempos de Jesus. E contrapõe a Judeia à Galileia. A primeira, cuja capital era Jerusalém, concentrava o poder religioso do povo hebreu. Na segunda, onde o Mestre cresceu com sua família, vivia a gente simples e sofrida devotada ao trabalho manual.
Essa comparação constitui recurso literário importante em “Primeiras Pregações”. O capítulo se estrutura no diálogo entre Hanã e o Cristo nas cercanias do Templo de Jerusalém. Fica evidente o antagonismo das duas figuras. A opulência intelectual ociosa e prepotente se choca com o Messias galileu em sua humilde realeza.
Essas duas realidades, a clara e a escura, estão em contraposição até os dias de hoje nos meios religiosos. E Haroldo questiona algumas posturas dentro do movimento espírita.